Existe político honesto?

            Se você sair por aí perguntado se existe político honesto, certamente alguém vai responder:

            — Tá louco meu? Que pergunta mais idiota! É claro que não! Em que país você vive?

            Pois é, a fama desses caras hoje em dia vai de mal a pior e, geralmente, é assim mesmo que o povo pensa! Mas será que sempre foi assim?

Conhecendo um pouco da história do Brasil como conheço, posso afirmar sem medo de errar que sempre foi mais ou menos assim. Claro, antes era menos divulgado e coisa e tal.

Mas, como eu não sou de falar só das coisas ruins, vou contar uma história de dois políticos do passado que, pelo menos nos registros oficiais, merece ser rotulado como políticos honestos:

José Bonifácio de Andrada e Silva ficou conhecido como o patriarca da nossa independência. Segundo a história oficial, ele e seu irmão Martin Francisco, prestaram excelentes serviços a nossa pátria.

Pois é, segundo consta, quando ele era ministro da regência de Dom Pedro II, para dar o exemplo de austeridade que a nação precisava, reduziu seu próprio salário ao mínimo possível para sua sobrevivência.

Ele que já era pobre, recebia seu ordenado em notas de um banco e costumava coloca-las no fundo do chapéu, para depois entrega-las à sua governanta.

Certa vez seu chapéu foi roubado com todo seu ordenado e o primeiro ministro do império achou-se sem vintém para suas despesas.

Quando o Imperador tomou conhecimento do fato, entendeu que o ministro precisava de ajuda e recomendou ao seu ministro da fazenda, Martin Francisco, (coincidentemente ou não, irmão de José Bonifácio), para indenizá-lo ou dar-lhe outro ordenado.

Martin Francisco não obedeceu. Ele ponderou ao Imperador que a lei não permitia, além disso, argumentou ele: — Seria um funesto exemplo de se pagar a um ministro o 13º salário do ano, quanto todos só recebiam 12 e pediu a sua Majestade que retirasse a ordem, pois ele dividiria com o irmão o seu próprio salário.

Assim foi feito e, embora José Bonifácio tenha pago o empréstimo em suaves prestações mensais, do tipo: “devo não nego, pago quando puder”. Dizem que ele devolveu ao irmão tudinho que lhe foi emprestado!

Será que os políticos atuais sabem dessa história?

Que a paz esteja com todos.

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