Teoricamente sim, afinal este continente em que estamos é composto pelas Américas do Sul, Central e do Norte.
Mas, a realidade não é bem assim! Atualmente o termo “americano” é usado quase que exclusivamente para os norte-americanos.
Como isso aconteceu?
A “coisa” vem errada desde o princípio e nisso aí tem omissões, enganos, confusões e até espertezas envolvidas, senão vejamos:
Na verdade, deveríamos ser chamados de “colombianos’, afinal foi Cristóvão Colombo que, em 12.10.1492, descobriu o “Novo Mundo”.
O problema começa com o próprio Colombo, pois ele era do tipo taciturno, introvertido, impopular e omisso e deixou de registrar devidamente o seu feito.
Ao contrário, o Américo Vespúcio, que entrou em cena alguns anos depois da proeza de Colombo, usou a sua popularidade e esperteza e virou o “herói da ocasião”. Como resultado teve, mesmo sem merecer, a honra e o privilégio de dar o seu nome ao novo continente.
Tem um provérbio latino que diz: “verba volant, scripta mament” (as palavras voam, mas o escrito permanece).
Pois é, o ilustre Vespúcio, escreveu sobre as suas viagens ao Novo Mundo. Ele ou alguém a ele ligado, exagerou em algumas ocasiões e até contou inverdades em outras, mas, apesar disso, seus escritos foram publicados e alcançaram enorme sucesso na Europa.
Aliás, sobre isso, o também ilustre historiador Capistrano de Abreu escreveu: “a falsidade e a galanteria foram pavoneadas pela imprensa e, por força delas, temos hoje o nome de americanos”.
Bem, para encurtar a conversa, em 4.7.1776 as 13 colônias norte-americanas se uniram e criaram os Estados Unidos da América e, a partir de então, “roubaram” para si o termo “americano”.
Que a paz esteja com todos.
Darci Men