O Paraíso de Maomé

(Aviso: este é um texto longo, mas sua leitura vale a pena).

Dizem que a história em algum momento se repete. Contudo, esta que vou lhes contar dificilmente voltará a acontecer.

Ela ocorreu em meados do século XVI e envolveu mulheres notáveis, em uma época em que elas raramente recebiam reconhecimento. Além disso, ela também aborda assuntos pouco gloriosos, o que explica por que foi minimizada ou apagada dos registros oficiais.

Pois bem, vamos aos fatos:

Em 1494, com o Tratado de Tordesilhas, o “Novo Mundo” foi dividido entre Portugal e Espanha. Seguiu-se uma acirrada disputa entre as duas potências europeias pela exploração e colonização do continente americano.

Na década de 1520 essa exploração ainda era muito modesta. Portugal priorizava as Índias Orientais e a Espanha, endividada, tinha poucos recursos. Mesmo assim, entre os poucos exploradores que a Espanha enviou, dois deles “tiraram a sorte grande”: Hernán Cortês conquistou o riquíssimo território do México e dos Astecas (1521) e Francisco Pizarro o não menos rico território do Peru e dos Incas (1532).

Com isso, Portugal ficou de “olho gordo” na chamada Bacia do Rio da Prata, região majoritariamente espanhola, mas tornou-se importante para ambas as coroas, porque todos supunham ser lá um novo “Eldorado”.

Portugal tentou aqui e ali chegar a essas riquezas, mas “deu com os burros n’água”. Em contrapartida, em 1535, o rei espanhol Carlos I (que também era Carlos V do Sacro Império Germânico Romano), autorizou uma enorme expedição para o Rio da Prata, com 14 navios e mais de 1500 homens, nomeando o Pedro de Mendoza como o primeiro governador (Adelantado, como  era chamado por lá).

No entanto, embora Pedro de Mendoza tenha colocado o seu nome na história, como o primeiro fundador da cidade de Buenos Aires, em 1536, (a cidade foi “refundada” mais tarde, em 1580), fracassou vergonhosamente em sua missão! Desolado e gravemente enfermo, tentou voltar para a Espanha, mas morreu em 23/06/1537, no meio do caminho, em pleno mar aberto.

Quase quatro anos depois, em 1541, o mesmo rei designou um novo governador para a região. Desta vez o escolhido foi Álvar Nunes Cabeza de Vaca (um veterano explorador que esteve em 1527, onde é hoje o Texas, nos EUA. Ele, mais tarde, também ficaria conhecido como o primeiro europeu a descobrir as Cataratas do Iguaçu). Mas ele também falhou feio, aliás, voltou para a Espanha destituído do cargo e aprisionado.

A pergunta é: por que ambos fracassaram ao governar o Rio da Prata?

Existiram vários motivos, mas o principal deles, por incrível que possa parecer, chamava-se soberba. Ninguém sobrevive em uma terra selvagem sem alimento, especialmente para um contingente de mais de 1.500 pessoas. Na chamada Bacia do Prata, existia muito alimento, mas ele precisava ser pescado, plantado, colhido etc., e os expedicionários espanhóis, em sua grande maioria homens nobres e soldados, se recusavam a fazer trabalhos braçais.

Eles, então, foram buscar alimentos com os índios, mas estes não conheciam o dinheiro e, a princípio, trocavam alimentos por qualquer bugiganga, no entanto, com o passar do tempo, recusavam-se a fazer novas trocas e isso acontecia principalmente, porque os índios não tinham o costume de estocar alimentos. Para complicar ainda mais, os índios eram maltratados pelos espanhóis, inclusive com vários conflitos bélicos, matanças etc., além disso, os homens indígenas também não gostavam dos trabalhos braçais, quem cuidava das roças de alimentos eram as mulheres indígenas.

Resultado: a fome tomou conta dos espanhóis (há quem afirme que no forte de Buenos Aires, eles chegaram a comer qualquer coisa, até carne humana). Foi então que o capitão Domingos Martinez de Irala, na época governador interino, decidiu abandonar Buenos Aires e mudar a sede do governo do Rio da Prata para a cidade de Assunção (atual capital do Paraguai).  

Em Assunção foi mais fácil se obter alimentos, mas o problema do trabalho braçal persistiu e a alternativa foi conseguir mulheres indígenas para realizar essa tarefa. Foi aí que surgiram as chamadas “rancheadas” (ilegais e brutais capturas de mulheres indígenas), aparecendo também a figura dos “encomenderos” (pessoas encarregadas de fazer trocas de objetos diversos por mulheres indígenas). Os espanhóis chamavam essas indígenas de criadas. Elas, além de fazerem os trabalhos nas roças e nas casas, eram também usadas como “concubinas”. Alguns nobres chegaram a ter mais de 100 delas.

Em 1541, o governador interino Domingos Martinez de Irala, escreveu ao monarca espanhol: (um trecho da carta em tradução livre para melhor entendimento)

Primeiramente, vossa majestade e todos que tomarem conhecimento desta, hão de saber que no Paraguai está fundado e povoado um vilarejo (Pueblo) onde se encontram cerca de 400 homens, ao menos em paz. Eles tem como vassalos os índios Guaranis ou Cários, que vivem 30 léguas ao redor do porto e que vieram aos cristãos em paz, com suas mulheres, as quais realizam todos os serviços necessários. Eles cederam para o serviço dos cristãos, 700 mulheres para que sirvam em suas casas e roças”.

Incrível, não? Não demorou muito e o local ficou conhecido como o Paraíso de Maomé (uma alusão ao harém das 71 virgens, previstas no Alcorão dos muçulmanos).

No entanto, se por um lado havia se resolvido o problema da alimentação, por outro lado a coisa complicou: as disputas por mulheres indígenas, aliado à política por cargos, transformou o local num campo de batalha e as desavenças entre nobres ou chefes militares eram constantes; além disso, a população de mestiços aumentava exponencialmente e era preciso fazer alguma coisa a respeito.

Assim, em 1547, a coroa espanhola decidiu enviar um novo governador para o Rio da Prata, mas, desta vez, a expedição seria diferente das anteriores: em vez de apenas nobres e soldados, esta teria, principalmente, mulheres fidalgas solteiras e virgens, com o objetivo de casá-las com os expedicionários que já estavam em Assunção.

O escolhido para essa nova missão foi um nobre da cidade de Medellín, na Estremadura espanhola, chamado Juan de Sanabria. (há quem afirme que ele participou da expedição de Pedro de Mendoza, mas isto não ficou provado).

Ele iniciou imediatamente os preparativos, mas naquela época, esse tipo de viagem custava muito caro e ele teve de vender quase todos os seus bens. Por outro lado, ele não teve muitas dificuldades para conseguir as “virgens” e os voluntários para a viagem, pois, como já foi dito, naquela ocasião corria de boca em boca que o Rio da Prata seria tão rico quanto aqueles encontrados por Hernán Cortês e Francisco Pizarro. Além disso, era uma ocasião financeiramente ruim para os espanhóis, pois, apesar das riquezas encontradas no novo mundo, o reino espanhol estava “quebrado” e muitas famílias nobres estavam arruinadas. Por isso, uma donzela conseguir um bom casamento nobre sem ter de pagar o dote era um grande negócio, mesmo que esse nobre estivesse no Novo Mundo.

Mas nem tudo foi fácil; aliás, a partir de então, nada mais foi fácil nessa expedição.

Para começar, em meados de 1549, antes que os preparativos para a viagem estivessem prontos, Juan de Sanabria teve uma doença grave e morreu. Era quase certa a ruína da família Sanabria, pois eles tinham investido quase tudo naquele empreendimento e a coroa espanhola já pensava em designar um novo governador. Mas eis que entra em cena a jovem viúva de Sanabria, Dona Mencia Calderón Ocampo, então com cerca de 34 anos.

Ela conseguiu convencer o rei a manter o governo do Rio da Prata na família: o título de governador foi transferido para o seu enteado Diogo de Sanabria, e ela ficou como tutora legal dele, já que Diogo, que era filho da primeira mulher de Juan Sanabria, tinha apenas 17 anos. Portanto, mesmo que indiretamente, ela passou a ser a governadora do Rio da Prata.

E ela conseguiu ainda mais: como os preparativos ainda não estavam totalmente prontos, conseguiu autorização para partir com apenas metade da expedição e a outra metade partiria mais tarde. (não sei se é coincidência ou não, mas a Dona Mencia era parente tanto do Hernán Cortês, quanto do Francisco Pizarro).

Assim foi feito e, em 10/04/1550, eles partiram com três navios e pouco mais de 300 pessoas a bordo, a maioria mulheres.

Se viajar naqueles barcos à vela era difícil para marinheiros acostumados ao mar, imagine para mulheres que, em sua maioria, nunca tinham entrado em um deles. O resultado não poderia ser outro e foi um verdadeiro suplício, até porque a pressa em fazer a viagem cobrou o seu preço, pois a ocasião não era propícia para esse tipo de viagem. Além disso, a sorte não estava do lado deles.

Em meados de junho de 1550, depois da passagem pelas Ilhas Canárias, caiu uma forte tempestade e o barco em que estavam Dona Mencia, suas três filhas e aproximadamente 80 donzelas ficou bastante danificado e se perdeu dos outros, indo parar no Golfo da Guiné, na costa africana. Ali o barco foi atacado por piratas normandos (franceses).

Com a maioria de mulheres a bordo, eles não podiam se defender dos piratas e com isso, estava anunciado o fim de tudo, pois todas aquelas mulheres seriam violentadas e vendidas como escravas, mas a determinação de Dona Mencia mais uma vez foi decisiva:

Ela determinou que se colocasse todos os barris de pólvora no convés e mantivesse uma tocha acesa perto deles, fazendo saber aos piratas que ela concordava em entregar tudo de valor que tinha no navio, desde que as mulheres fossem respeitadas e ela pudesse navegar novamente; caso contrário, ela explodiria o navio, todos morreriam, ficando os piratas sem nada.

Deu certo! Assim que o perigo passou, ela exigiu que o ocorrido fosse registrado em ata, com várias testemunhas, documentando assim a lamentável ocorrência, mas apesar de tudo, as mulheres a bordo estavam salvas e tinham sido respeitadas.

Em seguida, seguiram em direção ao Novo Mundo, mas nada ajudava e, além de muitas calmarias, a maioria dos instrumentos de navegação haviam sido levados pelos piratas e o barco se perdeu. Com isso, só conseguiram chegar na Ilha de Santa Catarina (local combinado para o reencontro) oito meses depois, em 16/12/1550. O navio aportou em péssimas condições, pois a demora no mar, os poucos alimentos e as difíceis condições do transporte causaram muitas doenças e mortes, sobrando pouco mais da metade da tripulação que saiu da Espanha (Dona Mencia, inclusive, perdeu uma das suas três filhas).

Na época, a Ilha de Santa Catarina e os seus arredores ficava mais ou menos na metade do caminho para a cidade de Assunção. Ela era de domínio espanhol, pois somente em 1777, no Tratado de Santo Ildefonso, ela passaria ao domínio português (foi trocada pela Colônia de Sacramento, no Uruguai). Justamente por isso é que os capitães da Expedição Sanabria combinaram de se encontrar ali).

Logo depois do desembarque no porto improvisado de Santa Catarina, veio uma terrível tempestade e o navio, que já estava em péssimas condições, foi jogado contra as pedras, ficando totalmente inutilizado. Se não bastasse isso, descobriram que, dos dois outros barcos, somente o menor deles havia chegado, o outro havia desaparecido, concluindo-se mais tarde que tinha naufragado, pois nunca mais tiveram notícias dele. Assim, com apenas um barco pequeno, muito danificado e sem condições de reparo imediato, a expedição não pôde continuar a viagem para Assunção.

(Foi nesse pequeno barco que o alemão Hans Staden viajou da Espanha até Santa Catarina, e mais tarde seria aprisionado pelos índios de Bertioga, escrevendo posteriormente um livro sobre a sua aventura).

Tentaram viver ali por um tempo, mas as condições eram as piores possíveis. Apesar de tudo, a vida continuava e mais de um ano depois da chegada, no natal de 1551, a filha mais velha de Dona Mencia, a Maria de Sanabria casou-se com o nobre Hernando de Trejo.

(Mais tarde, em um local próximo dali, chamado São Francisco do Sul, nasceria o filho do casal, que foi chamado de Fernando de Trejo Y Sanabria e ele futuramente seria o bispo da província de Tucumán e fundador da prestigiosa Universidade de Córdoba, ambas as localidades na atual Argentina).

Ficaram por ali até meados de 1553, mas a situação estava muito difícil, inclusive com constantes ataques indígenas. Foi então que eles resolveram pedir ajuda aos portugueses da Ilha de São Vicente. Com os “restos” dos dois navios inutilizados, construíram um pequeno barco. Alguns membros da expedição, entre eles Hans Staden, navegaram até São Vicente para pedir ajuda.

No entanto, a precariedade de um barco construído às pressas e o desconhecimento da costa brasileira foram determinantes para o naufrágio que aconteceu perto de Itanhaém. Felizmente, a maioria dos seus tripulantes conseguiu se salvar e seguiu o resto do caminho a pé.

Em São Vicente, os espanhóis (menos o alemão Hans Staden que foi contratado pelos portugueses para atuar no Forte de Bertioga) receberam a ajuda dos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta econseguiram um barco emprestado, com o qual foram até a Ilha de Santa Catarina e trouxeram o restante da expedição para São Vicente.

Assim que o barco chegou à vila portuguesa, Dona Mencia foi informada que o seu enteado e governador nomeado do Rio da Prata, Diogo de Sanabria, havia partido de Sevilha, em outubro de 1550, com mais três navios, mas a expedição inteira foi desviada por um forte temporal e naufragou na Ilha Margarida (atual Venezuela). Ele foi dado como morto pela coroa espanhola e consequentemente foi nomeado outro governador em seu lugar. O escolhido foi o capitão e governador interino de Assunção e do Rio da Prata, Domingos Martinez de Irala. Portanto, com a destituição do enteado, Dona Mencia perdeu todos os seus poderes.

A intenção dela e dos espanhóis era alugar um barco que os levasse até Assunção, mas o governador português Tomé de Sousa não permitiu. Ele ficou sabendo que alguém da expedição Sanabria teria enviado carta ao rei espanhol delatando o tráfico de índios em São Vicente (na época a cidade era conhecida como o “Porto dos Escravos”). Por causa disso, Tomé de Souza solicitou que a coroa portuguesa investigasse o caso antes de liberar os espanhóis.

Enquanto aguardava a resposta da coroa portuguesa, a expedição Sanabria ficou retida em São Vicente e somente em maio de 1555 chegou uma ordem da coroa portuguesa para liberar os espanhóis. O novo governador português Duarte da Costa, cumpriu imediatamente a ordem. Mas como já foi dito, nada dava certo nessa expedição e os dois principais capitães dela se desentenderam e o escasso contingente se dividiu:

Por um lado, estava Juan de Salazar (havia sido o capitão do principal navio da esquadra, além de ter sido o fundador da cidade de Assunção em 15/08/1537). Ele, a esposa, a filha, alguns jesuítas e outras pessoas a ele ligadas, incluindo vacas, porcos, galinhas e outros pertences, seguiram a pé para Assunção, via Caminho de Peabirú. Após mais de três meses de caminhada, muito sofrimento, mortes etc., no final de outubro de 1555, eles chegaram lá.

(A cidade de Assunção ficava mais ou menos na metade desse caminho, que tinha em sua totalidade mais de três mil quilômetros, ligando a cidade de São Vicente, no litoral atlântico, à cidade de Cuzco, no Peru e com diversos ramais; em um deles, ligava a Ilha de Santa Catarina ao caminho principal e, em outro, ligava Cuzco ao Oceano Pacífico).

Do outro lado estava Hernando de Trejo (também um nobre espanhol que agora era marido da Maria de Sanabria), com ele estavam a Dona Mencia, as duas filhas, alguns marinheiros e o que restou das Donzelas (menos de 30 delas, pois várias haviam morrido e outras haviam se casado com portugueses). Este grupo, novamente com a ajuda dos jesuítas, voltou para a Ilha de Santa Catarina e lá fundaram um assentamento que chamaram de São Francisco de Mbiaza (atual São Francisco do Sul – SC).

Infelizmente eles não obtiveram sucesso. No final do ano de 1555, após vários ataques indígenas, onde, em um deles, Hernando de Trejo querendo dar o troco, equivocou-se e atacou uma aldeia de índios pacíficos, matando muitos deles. (Isto lhe custaria muito caro mais tarde). O fato é que não era possível permanecer por ali e resolveram abandonar o local.

Sem condições de seguir por mar, decidiram seguir a pé para Assunção, utilizando o mesmo caminho que Salazar usou meses antes. (Como já dissemos, ali em Santa Catarina, existia um ramal do famoso Caminho de Peabirú).

Assim, pouco mais de 40 pessoas (a maioria mulheres) guiadas por um mestiço, seguiram a pé através de uma floresta atlântica quase impenetrável, grandes rios, regiões alagadas, animais selvagens e todo tipo de perigo.

Após mais de cinco meses de caminhada e mais de seis anos da saída da Espanha, em maio de 1556, eles finalmente entraram na cidade de Assunção. Eram 22 homens (alguns mestiços), 21 mulheres e algumas crianças (entre elas o Fernando de Trejo, neto de Dona Mencia).

A chegada, embora triunfal, não foi nada pacífica, pois o massacre de indígenas promovido por Hernando de Trejo em São Francisco de Mbiaza, deu motivo para o governador do Rio da Prata, Domingos Martinez de Irala, mandar prendê-lo, livrando-se, assim, de um possível adversário. Ele morreu na prisão em 1557, sem que seu julgamento pudesse ser realizado.

(Irala temia que Dona Mencia, que era parente e aliada de Hernando, reivindicasse novamente o cargo de governador do Rio da Prata junto à coroa espanhola, pois era de seu conhecimento a influência dela com o rei espanhol).

Mesmo com a chegada das “donzelas” e apesar dos protestos de Dona Mencia e dos religiosos que atuavam no local, o Paraiso de Maomé continuou. O próprio governador Irala teve mais de dez filhos mestiços, tendo reconhecido oficialmente a maioria deles.

Por outro lado, deve-se registrar que, apesar de tudo, as pessoas ligadas diretamente a Dona Mencia deixaram uma descendência importantíssima para a região: o neto dela e filho de Maria Sanabria, Fernando de Trevo, foi importante figura religioso e fundador da Universidade de Córdoba. O outro neto e também filho de Maria Sanabria (do segundo casamento dela), Hernandarias foi o primeiro governador do Rio da Prata a nascer na região. A outra filha dela,a Isabel casou-se com Juan de Garay (que também havia sido membro da expedição Sanabria). Ele foi o responsável pela segunda fundação de Buenos Aires, em 1580. Sem mencionar tantas outras pessoas importantes, ligadas a esta crível expedição, cuja lista é tão grande que não caberiam nesta página.

Sobre a nossa grande heroína, Dona Mencia Calderón Ocampo, pouco se sabe dela a partir do dia em que colocou os pés em Assunção. Aliás, é incrível como as informações sobre ela são desencontradas, não se sabe inclusive quando e onde morreu. Uns dizem que teria morrido em Assunção, por volta de 1580, outros afirmam que ela, desgostosa com as coisas em Assunção, teria se mudado para a cidade de Santa Cruz de La Sierra (atual Bolívia) e ali teria morrido em 1593.

Caro leitor, você acha que uma história dessa pode se repetir?

Que a paz esteja com todos.

Darci Men.

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