Não me lembro exatamente como fiquei sabendo do projeto Leia Mulheres, mas me lembro de como a proposta me fez olhar a minha estante e buscar na memória as obras que li durante a vida e quantas delas tinham sido escritas por mulheres…
É claro que havia autoras em meio ao meu percurso literário e que foram importantes na formação do meu senso estético e artístico, mas o passo seguinte desta busca foi me fazer reparar na discrepância em relação à quantidade de artistas homens e mulheres.
Era um número gritante, e foi assustador tomar consciência dele.
Desde então, tenho pensado mais minhas escolhas de leitura. E isso não significa que não leio mais homens – alguns deles ainda são meus favoritos rs –, significa que tenho sido mais crítica com minhas leituras e suas influências.
O projeto existe em várias cidades do Brasil, e confesso que, apesar de acompanhar pela internet há algum tempo e até já ter lido alguns dos livros discutidos no grupo de São Bernardo, a primeira vez em que fui num encontro presencial foi somente em setembro.
Ah, apesar do nome do projeto deixar algumas pessoas confusas, os clubes de leitura não são só para mulheres, homens podem ler e participar. O nome refere-se apenas ao conteúdo, que é – evidentemente – ler (obras escritas por) mulheres.
Você pode acompanhar o projeto pelo site que, além da divulgação das agendas dos grupos de leitura, também tem resenhas e outros conteúdos relacionados, ou pelo Facebook, Instagram, Twitter e Pinterest.
Eu achei a experiência enriquecedora e espero poder participar dos próximos encontros!
E você, já participou (ou participa) de algum clube de leitura? Conte-nos sua experiência nos comentários!
Sempre vejo por aí comentários sobre a Literatura dizendo que ela é uma fuga e um alívio para a realidade dura (de merda rs) que enfrentamos nos nossos dias sobre Terra…
Acho essas frases feitas interessantes e ambíguas porque, pra mim, apesar da leitura ser uma espécie de casulo em que você se distancia da realidade, ao mesmo tempo foi uma das coisas que me ajudaram a entender melhor o mundo, a sociedade e as pessoas, as relações humanas enfim.
E o meu caminho pela leitura começou pela poesia e não pela prosa, como é o mais comum. E o livro que me despertou para o mundo [real] e para o mundo das Letras foi o A Rosa do Povo, do Carlos Drummond de Andrade.
Ele é um dos meus autores mais queridos; quando fico muito tempo sem ler algo dele, e retomo a leitura de um poema conhecido, sinto como se estivesse reencontrando um velho amigo, pois conheço aquele jeito de falar, de se expressar, aquelas ideias e aquele sentimento de que ele te entende e você a ele, como se fôssemos cúmplices nessa vida besta:
Poesia…
A Rosa do Povo é um livro de poemas que eu acho fantástico! [Essa provavelmente é a voz da fã falando, mas o livro é bom mesmo! 🙂 ].
Alguns poemas têm um clima pesado, outros um tom desiludido… Muitos estudiosos dizem que é o retrato de como as pessoas estavam se sentindo num mundo que estava vendo ainda os acontecimentos da 2ª Guerra Mundial.
Foi a leitura desse livro, por exemplo, que fez com que me interessasse por História, para saber o que tinha acontecido, o que era essa Guerra e por que as pessoas estavam tão sorumbáticas no mundo…
Minha edição de A Rosa do Povo.
[P.S.: Li esse livro no começo da adolescência, lá pelos 12 ou 13 anos, e a escola que eu frequentava não era lá essas coisas em questão de ensino…]
… e a descoberta do mundo
E foi assim, com um livro de poemas me levando a um de História, que me levou a um de Filosofia, que me levava a um de crônicas e contos, que me remetia a um outro de prosa, que eu fui conhecendo mais do mundo em que vivo e mais das pessoas com quem vivo.
Para mim, a leitura pode até ter servido de fuga da realidade em alguns momentos, mas foi a maior responsável por abrir as cortinas e mostrar o mundo como o vejo hoje.
Quem se interessar pelos poemas e prosas do Drummond, tem esse site muito legal do Projeto Memória e vários outros pela Internet a fora rs.
Você também pode procurar livros dele nas bibliotecas públicas [foi onde encontrei e li quase todos os livros dele], enfim, para um leitor curioso e apaixonado pelas letras e pelo mundo-livro oportunidades de lê-los é o que não falta.
Dez bons conselhos de meu pai é um livro que você vai encontrar, dependendo da livraria, na seção de Administração financeira e orçamentária ou na de Autoajuda/Mentalismo.
Dependendo da forma como você absorva e ponha em prática os conselhos do livro, os dois podem ser considerados certos.
Confesso que esse não é o tipo de leitura que me atrai (nem administração nem autoajuda rs), mas ganhei esse livro quando trabalhei numa livraria, desde então ele ficou na minha fila de livros e quando chegou a vez dele eu pensei: “Já que ele já está aqui, por que não?”
Gustavo Cerbasi é um autor conhecido no meio da Educação Financeira, faz palestras por todo o Brasil, e o seu livro mais conhecido é o Casais inteligentes enriquecem juntos, que serviu de inspiração para o filme brasileiro Até que a sorte nos separe.
Neste livro, Cerbasi reuniu dez conselhos que ele pensa terem uma importância fundamental para o seu sucesso profissional e pessoal.
Sim, pessoal também, pois ele deixa bem claro em muitas passagens do livro que não adianta nada você trabalhar loucamente e enriquecer se não tiver tempo para relaxar e aproveitar os frutos do seu trabalho.
[Não é à toa que o subtítulo do livro é: Que me ajudaram muito a prosperar]
Algumas vezes esses conselhos não são bem conselhos, mas sim atitudes que ele via os seus “pais” tomando diante de algumas situações da vida.
Digo “pais” porque em sua maioria os conselhos são de seu pai biológico, mas temos também um tio, o avô materno e o técnico do time de natação – pessoas que, segundo o autor, exerceram em alguns momentos de sua vida o exemplo de “pai” para ele.
Como disse antes, não sou muito fã desse tipo de leitura, mas não digo que o livro tenha me desagradado, acho que foi uma experiência válida.
A linguagem que o autor utiliza é a mais clara e simples possível – simples no sentido bom da palavra –, pois a proposta do livro/autor é atingir e ajudar o máximo de pessoas possíveis, principalmente aquelas que não têm conhecimentos mais profundos da área financeira.
No entanto, Dez bons conselhos de meu pai não é um livro que se apegue às finanças propriamente, mas sim às atitudes e comportamentos para que você desenvolva a disciplina necessária para atingir algum objetivo, seja ele profissional ou estritamente financeiro.
Aqui Gustavo Cerbasi apresenta-nos cada um de seus “pais”.
Conselho pra vida
O “Bom Conselho Número 2″, por exemplo, aprendido com o pai dele, Tommaso Cerbasi: “Viva. Não permita que o trabalho tome conta de sua vida”.
Nesse capítulo o autor fala de uma atitude que aprendeu a tomar em vida fazendo justamente o contrário do que o pai fazia. Conta que seu pai era um workaholic daquele tipo que acaba descontando um pouco do estresse do trabalho na família ou que diz coisas como “Quando me aposentar, terei tempo para descansar e aproveitar.”, mas que tomou um susto quando, em certa altura da vida, sua saúde ficou fragilizada e teve que fazer um transplante renal.
Aí, ele diminuiu o ritmo e começou realmente a aproveitar os “pequenos prazeres da vida”.
Depois de relatar algumas situações e consequências que esse comportamento do pai teve nele como filho, o autor divide o capítulo em “O conselho que meu pai daria a você“, onde descreve o “conselho” que veio dessa situação para a prática na vida como “Não deixe para viver no futuro” esperando por uma aposentadoria que talvez não venha, ou seja, viva, aproveite a vida.
Todos os capítulos/conselhos seguem essa estrutura, por isso, muitas vezes me parece muito mais um relato autobiográfico do que “autoajuda” mesmo, pois ele conta situações vividas por ele, por seus “pais” ou por ambos e diz como esse exemplo de vida tornou-se em conselho que tornou-se uma prática em sua vida.
Se você ficou curioso pra conhecer mais do autor ou dos seus conselhos, um dos caminhos é ler um de seus livros, o outro é entrar no site dele: Mais dinheiro.
[Como vocês podem ver, o nome do site é bem sugestivo rs]
Ah, e se quiserem trocar experiências de leitura comigo, podem me adicionar lá no Skoob. 🙂
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