La Lunna – O impacto da crise econômica sobre as mulheres trabalhadoras

O ano de 2008 foi o palco de uma grande crise econômica mundial, podemos dizer que foi a maior desde a depressão de 1929. Nascida no coração do imperialismo (EUA), alcançou proporções inimagináveis, não sendo somente norte-americana, mas causando uma grande recessão no Japão e nos países da Europa.

No Brasil, o governo Lula deu mais de 300 bilhões de reais para salvar as grandes empresas, em especial os banqueiros. Esse dinheiro saiu da redução de salários do funcionalismo público e do corte de serviços básicos como saúde e educação.

Ruas de Seattle, WA, EUA

A queda do PIB no último trimestre de 2008 foi calculada entre 1% e 2%. As montadoras de automóveis tiveram uma queda de 47,1% em dezembro desse mesmo ano. A indústria como um todo caiu em torno de 7%. Ainda que tenham ocorrido estabilizações momentâneas, a previsão era de que todo o ano de 2009 também seria marcado pela crise. Mas a grande questão é: Quem pagou por essa crise?

A crise econômica atingiu ainda mais os setores oprimidos, como: mulheres, negros e homossexuais. Entre os trabalhadores informais, as mulheres representaram 60% em 2007 – porcentagem que aumentou nos dois anos seguintes. Eram (são) mulheres que não têm carteira assinada e direitos trabalhistas preservados. O capitalismo trata esses setores como mão de obra barata. Para os capitalistas lucrarem mais, é imprescindível que se mantenha e se aprofunde a opressão e a discriminação. Como consequência da condição de subordinação, a força de trabalho das mulheres é tida de forma ainda mais precarizada, parecendo ser natural a maneira como são exploradas. As mulheres têm os salários mais baixos que os homens, com uma diferença salarial de até 43%, a dupla jornada de trabalho, o assédio moral, o aumento de doenças psicológicas, sendo ainda que as mulheres são 70% da população abaixo da linha da pobreza e 2/3 dos analfabetos.

Com o surgimento dessa crise econômica, o capitalismo pretendeu (pretende) afirmar ainda mais essas diferenças. Como única resposta possível, seria necessário que mulheres e homens da classe trabalhadora se organizassem para lutar contra governos e patrões. Sabemos que todas as grandes conquistas das mulheres foram arrancadas com lutas e organização, mas que, por outro lado, nunca foram suficientes ou permanentes, pois o capitalismo, superexplorando alguns setores dentro da classe trabalhadora, divide-a ainda mais, permitindo que o trabalho doméstico não seja um trabalho remunerado, sobrecarregando ainda mais as mulheres.

A revolução socialista russa foi a única revolução que de fato tomou medidas para buscar a igualdade de homens e mulheres. Criou todo um sistema de serviços sociais que libertou a mulher dos encargos domésticos: maternidades, creches, jardins de infância, escolas, restaurantes públicos, lavanderias, pronto-socorros, cinemas, teatros, etc. A história nos mostra, mais uma vez, que é possível lutar contra a opressão e a exploração e pela construção de uma sociedade socialista e realmente igualitária.

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6 comentários em “La Lunna – O impacto da crise econômica sobre as mulheres trabalhadoras”

  1. Ola elaine, gostei muito de todos seus artigos. Eu estou no 4o ano de Direito, adoraria poder trocar mais idéias com vc, quero fazer minha monografia no tema sobre Mulhres no direito . Vc teria orkut, email para podermos trocar informações? Gostaria muito de mater contato com vc

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