Nosferatu

Uma sinfonia do horror

Nosferatu (1922) é um filme do diretor alemão F. W. Murnau que é um dos maiores representantes cinematográficos do movimento conhecido como Expressionismo alemão.

O auge desse movimento artístico foi no início do século XX, época em que os alemães perderam a Primeira Guerra Mundial e, apesar da unificação pela República de Weimar, com a derrota na guerra veio o Tratado de Versalhes que colocou a Alemanha numa situação – para muitos – humilhante perante as outras nações europeias.

É nesse clima de insatisfação, instabilidade e incertezas que o Expressionismo se mostra como uma nova expressão estética com uma “moral” de enfrentamento e questionamento das autoridades (motivo pelo qual os nazistas consideraram esse tipo de arte decadente).

Assim tinham este forte apelo de crítica social que demonstrava o desamparo e o medo da sociedade naquele momento através de obras cheias de expressividade e sombras…

O cinema seguiu a linha de crítica social das obras expressionistas valorizando, por exemplo, nas imagens linhas de perspectivas sempre em diagonais que causam uma sensação de perda do equilíbrio e desproporcionalidade, também usavam expressões faciais em extremo exagero quase que como máscaras do teatro de tragédia, relacionando desta forma, o cinema com as artes plásticas.

A história de Nosferatu foi inspirada no livro Drácula de Bram Stoker, então, para ambientar a atmosfera vampiresca e sombria que o filme pedia, Murnau inovou nos jogos de luz e sombra criando um clima de sonho único que até hoje serve de influência e exemplo para muitos diretores de cinema.

Nas sombras presentes em Nosferatu encontramos o clima de horror e mistério perfeito para passar o Halloween: só não garanto que você saia ileso… 😉

Bom filme!

 

1 comentário em “Nosferatu”

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